Ainda nos dias de hoje, grande parte das aulas de língua portuguesa é dispensada, unicamente, ao ensino de regras gramaticais e a atividades de pouca relevância para o desenvolvimento da competência comunicativa do discente, apesar de recentes pesquisas já sinalizarem novos caminhos para o ensino do português (TRAVAGLIA, 2009; ANTUNES, 2010; KOCH & ELIAS, 2015).
Antunes (2010), Travaglia (2009), Neves (2002) pontuam, ainda, que na maioria dos casos, o ensino tradicional da gramática continua sendo mantido como o foco, privilegiando de forma insistente a transmissão metalinguística de fenômenos da língua, as nomenclaturas e as classificações das unidades, muitas vezes com o fim em si mesmas, e de pouca relevância para o desenvolvimento da qualidade de leitura e escrita do aluno.
Essa forma de ensino pouco produtiva dispensada aos discentes acaba tomando desses discentes oportunidades de presenciarem diferentes modos de abordagem da língua, muitas delas muito mais interessantes e úteis ao desenvolvimento de um “pensar sobre o uso da língua”, como por exemplo: o estudo datextualidade, seus desdobramentos referentes à construção dos sentidos, a forma como os parceiros comunicativos se valem de estratégias para se fazer entender em seus textos. É o que propõe este artigo, aproximar a aula de língua portuguesa às temáticas voltadas ao estudo da textualidade.
Manuel Benjamin Monteiro Liberal Sousa
Heliud Luis Maia Moura
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