A política indigenista brasileira tem sido marcada por várias tendências e correntes ideológicas em detrimento dos direitos indígenas. Inicialmente, caracterizada pelo esforço catequético dos Jesuítas e dos colonizadores de escravizá-los e usá-los como mão de obra barata. E, frustrada a tentativa de escravidão, passaram a ser considerados empecilhos para o progresso do país. Somente com a criação do SPI (Serviço de Proteção aos Índios) em 1910 é que os indígenas passaram a ser reconhecidos e respeitados, porém com viés ideológico da necessidade de integração à sociedade nacional. Porém, com ascensão da Antropologia, da Sociologia e dos movimentos ecológicos, a partir da década de 1980, ressurgiu o mito romântico do “índio perfeito” e a imposição do isolamento como estratégia de suposta preservação étnica e confinados como objeto de pesquisas e exposição exótica de suas imagens e aferição de lucro aos seus pseudos protetores. No entanto, mediante pesquisa bibliográfica e relatos de experiências apresentados neste trabalho, percebe-se que a tese do isolamento como fator de preservação étnica não se sustenta e aponta para a necessidade reformulação da política indigenista atual para povos indígenas isolados no Brasil, resgatando-lhes os direitos constitucionais por eles adquiridos.
Onesimo Martins de Castro
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